terça-feira, 26 de junho de 2012

Meu tempo é diferente do tempo dos comuns mortais modelados pelo espaço urbano, é um tempo de mortais menos comuns, onde o ritmo lento do kairós se interpõe ao frenético ritmo do chronos que, desde outrora, encontra-se sob a égide da produtividade. Meu tempo segue ao ritmo do crescimento das plantas e não ao ritmo de uma linha de montagem.
Relutei, mas se faz necessário tal parecer: À Érica... Apesar dos constantes, e sim, diante do cotidiano, comuns pesares. Sempre houve e sempre haverá nobreza entre nós. Obrigada.

domingo, 24 de junho de 2012

Ah Pessoa, aqui devo concordar absolutamente. Com as tuas, me poupou de palavras, assim as tomo,(e agora te uso como)doce menestrel, pelas quais a quase precisão ilustra tal momento. "Amei-te e por te amar Amei-te e por te amar Só a ti eu não via... Eras o céu e o mar, Eras a noite e o dia... Só quando te perdi É que eu te conheci... Quando te tinha diante Do meu olhar submerso Não eras minha amante... Eras o Universo... Agora que te não tenho, És só do teu tamanho. Estavas-me longe na alma, Por isso eu não te via... Presença em mim tão calma, Que eu a não sentia. Só quando meu ser te perdeu Vi que não eras eu. Não sei o que eras. Creio Que o meu modo de olhar, Meu sentir meu anseio Meu jeito de pensar... Eras minha alma, fora Do Lugar e da Hora... Hoje eu busco-te e choro Por te poder achar Não sequer te memoro Como te tive a amar... Nem foste um sonho meu... Porque te choro eu? Não sei... Perdi-te, e és hoje Real no [...] real... Como a hora que foge, Foges e tudo é igual A si-próprio e é tão triste O que vejo que existe. Em que és [...J fictício, Em que tempo parado Foste o (...) cilício Que quando em fé fechado Não sentia e hoje sinto Que acordo e não me minto... [...] tuas mãos, contudo, Sinto nas minhas mãos, Nosso olhar fixo e mudo Quantos momentos vãos Pra além de nós viveu Nem nosso, teu ou meu... Quantas vezes sentimos Alma nosso contacto Quantas vezes seguimos Pelo caminho abstracto Que vai entre alma e alma... Horas de inquieta calma! E hoje pergunto em mim Quem foi que amei, beijei Com quem perdi o fim Aos sonhos que sonhei... Procuro-te e nem vejo O meu próprio desejo... Que foi real em nós? Que houve em nós de sonho? De que Nós fomos de que voz O duplo eco risonho Que unidade tivemos? O que foi que perdemos? Nós não sonhámos. Eras Real e eu era real. Tuas mãos - tão sinceras... Meu gesto - tão leal... Tu e eu lado a lado... Isto... e isto acabado... Como houve em nós amor E deixou de o haver? Sei que hoje é vaga dor O que era então prazer... Mas não sei que passou Por nós e acordou... Amámo-nos deveras? Amamo-nos ainda? Se penso vejo que eras A mesma que és... E finda Tudo o que foi o amor; Assim quase sem dor. Sem dor... Um pasmo vago De ter havido amar... Quase que me embriago De mal poder pensar... O que mudou e onde? O que é que em nós se esconde? Talvez sintas como eu E não saibas sentil-o... Ser é ser nosso véu Amar é encobril-o, Hoje que te deixei É que sei que te amei... Somos a nossa bruma... É pra dentro que vemos... Caem-nos uma a uma As compreensões que temos E ficamos no frio Do Universo vazio... Que importa? Se o que foi Entre nós foi amor, Se por te amar me dói Já não te amar, e a dor Tem um íntimo sentido, Nada será perdido... E além de nós, no Agora Que não nos tem por véus Viveremos a Hora Virados para Deus E n´um(...) mudo Compreenderemos tudo."
Escrever para muitas mulheres rende mais do que escrever para uma.
"O dinheiro é belo, porque é a libertação." Ah, querido Pessoa, você esqueceu de mencionar fato importante... a liberdade que torna o dinheiro belo, só e só existe, quando tal dinheiro é obtido sem esforço algum. Caso contrário, afirmo com veemência que tal constatação não passa de quimera!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

É gostosa ouvir na voz da sempre, sempre grande Mina

"T'ho vista piangere, mi hai fatto tanto male al cuor perché io so che il tuo dolor non è per me. T'ho vista piangere, il nome ti ho sentito dir di chi tanto ti fa soffrir senza pietà. Vorrei... consolar le tue pene e poi darti tutto il mio amor. T'ho vista piangere! mi hai fatto tanto male al cuor perché io so che il tuo dolor non è per me..."

terça-feira, 19 de junho de 2012

Recebi um e-mail com o espirituoso e excitante título:

SAPATONAS Resolvi compartilhar! Apesar do excelente senso de humor aplicado a um contexto beeeem restrito, que me provocou gostosas gargalhadas, a mensagem econômica é curiosa e suscita sérias reflexões. http://www.pagina12.com.ar/diario/principal/diario/index.html Bjs e até um momento mais molhado...

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A extensão do tempo é apenas um detalhe quando a vontade é, ensandecidamente, arrebatadora.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

"A frieza do relógio não compete com a quentura do meu coração"